quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

[poesia meteorológica?] Cheiro de chuva

s4br 2006©

Václavské námestí, Praga, CZE

CHEIRO de chuva, tempestade à vista,
Nuvens negras formam-se apressadas,
Ventos sopram, anunciam a tormenta,
Trazem de longe, vapor d'água e fúria!

Frio e calor mesclados, clima tropical,
Escorre o suor pela testa, cansaço,
Umidade relativa do ar em alta,
Incômodo e alívio no fim de tarde urbano.

E de camarote, onde quer que estejamos,
Alguns, do alto de prédios e arranha-céus,
Outros de dentro de ônibus e carros,
Apurado, paro sob velhos toldos rasgados,

Assistimos a um espetáculo por vezes ignorado:
A água a cumprir sua sina, seu ciclo natural,
A ensinar que mesmo que o bueiro pareça ser o fim,
Na verdade, nosso destino é céu e o mar, infinitos.

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