domingo, 16 de fevereiro de 2014

[#90] [perfect past poem] Oh yeah, it could be you...


Oh, really??? @2014 CRoMoSSoMoScRiaTiVos

Out of time, asynchronous, here I am.
Lost in space, infamous, this is me.
Looking for a better opportunity,
Waiting for the right moment.

Avoiding any damage, I'm always wrong.
Minimising all the risks, I lost my chance.
A further step, the next movement,
Pretending to be what I didn't like to be.

Now I'm back to the town, but you're closed to me.
From a comfortable distance, a handshake.
Well, time is over, it's the final whistle,
Once again, love tore us apart. Again!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

[#89] [poema junino] Meu "Arraiá" Particular

CrOMOsSOMOScriATIVOS 2012©

Da coleção "Camisas de Futebol Estilo Retrô": NY Cosmos













EM meu "Arraiá" particular,
Sempre serás minha noivinha caipira
E eu, um noivo "um tanto quanto atarantado".

Teu sorriso será todo meu,
De dentes pintados de cárie,
Buquê nas mãos e vestido florido.

Quero estar junto a ti nesta quadrilha,
Não importa a chuva molhando,
A cobra mordendo ou a ponte caindo.

Garanto que não é mentira!
Seja qual for o caminho,
O destino me leva ao encontro teu;

Segura forte a minha mão, pula comigo a fogueira!
Sim, pode confiar, pois meu Amor
Não queima assim tão fácil!

Diga ao teu Pai pra ter calma,
Pode abaixar a espingarda apontada para mim,
Por que razão eu haveria de fugir?

E frente a toda a quermesse,
Tiro o meu chapéu de palha e o teu véu, para enfim,
Dizer e ouvir de ti o tão esperado "Sim"!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

[#69] [Breve Antologia - Parte 2] Textos perdidos num telefone celular...

CrOMOsSOMOScriATIVOS 2012©
Orgulhosas bandeiras tremulam na Praia do Gonzaga, Santos.















Mais lembranças e textos não terminados. Pensamentos não formatados. Sentimentos fragmentados. Aí vão.

Forte abraço!


Abrigo
CANSADO, busco algo há muito perdido:
O álcool já não surte mais efeito,
A música não passa de mero ruído,
Quisera ser teu cobertor, teu calor, teu abrigo...


Pedido
JÁ ouvi pedidos os mais diversos,
De desculpas a apelos por ajuda,
Mas pedir para que não gostasse,
Para que rejeitasse???


(não) Era
E precisava ser assim?
Subestimei.
Duvidaste.
Relutei.
Insististe.
Desisti.
Não, definitivamente não era pra ser assim!


Quem?
QUEM és, quem fui?
Quem sou, quem foste?
Perguntas em momentos inoportunos,
Respostas em fragmentos indistintos.


Ser feliz ou ter razão?
RACIOCÍNIO lógico, argumento infalível:
Meus parabéns, Milford!
Pois venceste a batalha verbal,
Porém perdeste a guerra emocional...


(y ahora, los textos en Español, como de costumbre...)

Mirame
ME brillan los ojos, me calienta el alma.
Cuéntame: se abren tus labios, nacen mis deseos...


Mojitos y Mosaicos
EL mío sin azúcar, por favor...
¡Perdón, pero la fórmula no se cambia!

Si falta la última piedra, deja sin ella, a mi me parece bien...
¡Jamás, pues cada roca, cada ingrediente, es muy importante!

Mis mojitos y tus mosaicos:
Mezclas que nos encantan, que nos separan y que luego nos reúnen...




quarta-feira, 25 de abril de 2012

[#88] [Mise-en-scène poético] Máscaras

CrOMOsSOMOScriATIVOS 2012©
Puerto Madero, Buenos Aires
Last night in Argentina, at Puerto Madero, Buenos Aires















"AMANHÃ não quero ver-te."
"Alguma razão em especial?"
"Venho cá todos os dias, cansa-me muito."
"Então fica um pouco mais."
"Não, preciso partir, já é tarde."
"Nem para um café me aguardas?"

(breve silêncio)
(cabeça a inclinar-se)
(olhar ao longe)
(desespero)
(sorriso tímido)
(braços abertos)

E assim dava-se a fatídica despedida:
Um quase roce dos lábios, úmidos, cálidos,
O leve toque das mãos, delicadamente postas,
Despertava-lhes um sentimento adormecido,
Cujas regras e a boa conduta frente à sociedade
Não permitiam que seguissem em frente...

Ao aparentar audácia, tento encobrir meus temores,
Jamais externaria o turbilhão de sensações que vivo!
Sou personagem de mim mesmo, cênico (mas nunca cínico).
Ao demonstrar timidez, finjo controlar ações e movimentos,
Porém padeço do mesmo tormento, a falta de ti me consome!
Máscaras: assim vivemos, sob máscaras...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

[#67] [Breve Antologia - Parte 1] Textos perdidos num telefone celular...

s4br 2008©
Milford in America: Bikers waiting for the green light in Santa Monica, California.
Milford in America: Bikers waiting for the green light in Santa Monica, California.

De fato, nem sempre se pode estar frente a um computador (os mais tradicionais, a uma máquina de escrever), menos ainda ter papel e caneta em mãos, quando bate aquela inspiração, quando vem aquela ideia voraz, sedenta por ser transformada em texto.

Confesso que sofro constantemente deste mal, pois na maioria das vezes em que tais 'ideias vorazes' surgem é quando estou num saguão de aeroporto, aflito, frente ao portão de embarque, sempre partindo de algum lugar, nunca chegando a lugar algum.

Os poucos minutos que sobram, o cartão de embarque meio amassado, a mochila pesando nas costas (utilizo um laptop que de tão pesado que é, mais se parece uma 'Olivetti Lettera 82'!), a sacola pesada das compras do 'Duty Free', a tensão de saber se o avião decola logo ou não.

Neste conturbado cenário, talvez para tentar fugir da tensão do momento, talvez para sentir o tempo passar menos maçante, passo escrever em meu telefone celular. Letras pequenas, dicionário interno em outro idioma, tudo conspira para que não saia um texto minimamente legível.

Aquela voz distorcida pelos alto-falantes, da qual se compreende somente o número do voo e que ainda não é minha vez de subir à aeronave, corta-me o raciocínio, faz com que as palavras fujam, escapem por entre os ocupados dedos sobre o pequeno aparelho telefônico móvel.

Tento, não desisto, busco o verbete que faltava para compor a frase, o verso. Em vão, pois à mente só me vem 'avião', 'voar', 'sumir', 'desaparecer', 'tire-me daqui', 'por que não escolhi outra profissão', 'abaixe o volume do seu MP3, por favor', 'segure a criança, antes que ela se machuque', etc, etc...

Entretanto, em pequenos arquivos de texto, habilmente digitados e transferidos via 'Bluetooth' (e viva o guerreiro do Dente Azul!), vão surgindo, guardados num diretório escondido, raramente acessado.

Os textos exibidos à seguir são feitos desta matéria-prima. As mesmas ideias, outrora dispersas, passam a acumular-se, a justapor-se, a serem um novo conjunto, heterogêneo e dinâmico, retratos e fragmentos de diferentes momentos, de uma vida cansativa, às vezes ingrata, mas nunca desprovida de seu devido valor.

Viagens, ideias e momentos que tão cedo não se acabam. Há muito ainda por vir, o tempo urge, mas a nosso favor.

Forte abraço!



(1-2-3, testando!) Sem preocupação!
NINGUÉM, seja dia, seja noite, deveria preocupar-se,
Pois é tempo de viver, de mover, de somar!


Quelque chose en Français...
C'EST la vie...
Je ne sais pas que écrire...


¡Vamos, José!
EN español,
Todo parece más bonito, más hermoso, ¿verdad?


(e agora valendo!) Inequívoco e inevitável
JAMAIS, seja dia, seja noite, tememos o mais, o melhor, o virtuoso, o verdadeiro.

Juntos, nunca conformados com o menos, com o ruim, com o mais ou menos, com o falso.

Inequívoco, ainda que as tentativas sejam muitas, o resultado chamado experiência, nos gratifica, nos melhora, nos aperfeiçoa.

Inevitável, pois por mais que busquemos tratados, fórmulas e algoritmos para descrevê-la, é na prática que realizamos tal simbiose.

Conciliados, vivemos razão e emoção, introspecção e explosão, mente e corpo em constante movimento, em equilíbrio dinâmico, energia cinética a fluir sem atritos, sem barreiras.

Combinados, somos a flor, que presenteia com seu perfume e aroma únicos e peculiares, aquele que a cultiva, o jardineiro, que a faz crescer e luzir como jamais se viu até então.

E a cada vez, a cada encontro, um pouco mais. Sempre mais. Muito mais.



(economia poética) Saudade pré-datada
SAUDADE pré-datada, nostalgia parcelada,
Incompletude à vista, solidão a prazo,
Distância cobra juros e correção monetária...

Ansiedade inadimplente busca acordo amigável,
Custo da imperfeição, benefício da dúvida,
Todo silêncio em baixa, cada lembrança em alta...



(um questionamento) Perguntei-me
UM dia me perguntei:
O que estou fazendo neste lugar?
Já não vi o bastante em tanto tempo de estrada?
O mesmo asfalto, a terra batida, o concreto?
Talvez não signifiquem mais o que antes eram...



(outro questionamento) Voltar aqui

E voltar aqui pra que?
Pra conferir se a escolha feita foi a mais adequada?
Pra saber se aquele que aqui ficou está (de fato) melhor do que outrora?





(fatalista, eu?) Inevitável

AINDA que inevitável, insisto em seguir igual,
Teimo em pensar que o tempo não passa,
Sinto-me incômodo, a mente confusa,

E o coração, como sempre, vacilante...




(nesta ou) Naquela noite...

DESEJEI que o momento não passasse tão depressa,
Esperei que o toque perdurasse por mais tempo,
Almejei que o beijo não cessasse (tão) de repente...



(epílogo) Ainda naquela noite...

A verdade é que estou em crise de abstinência de você...


quinta-feira, 27 de maio de 2010

[#87] [poema via Telex] Doze horas e quatro tempos

CrOMOsSOMOScriATIVOS 2009©

Toda hora é hora de contemplar o tempo frente ao meu saudoso mar...


DESTRUIÇÃO (Your 7th Heaven or my 1st Hell?):
Não posso seguir desta maneira, abro o jornal
E as más notícias do mundo fazem-me sofrer ainda mais...
One o'clock. Two o'clock. Three o'clock.

Desconstrução (Til broad daylight):
Velhos conceitos e novos vícios perdem força,
Reconheço a derrota e sigo em frente.
Four o'clock. Five o'clock. Six o'clock.

Reconstrução (I'm the band slowing down):
Confortavelmente sentado, sob lentes escuras
Aprendo a contemplar a passagem do tempo.
Seven o'clock. Eight o'clock. Nine o'clock.

Renovação (Living around the clock):
Bem mais calmo, beberico meu copo d'água mineral,
Abandono pressa e pressão, serei eu mesmo, o mesmo, diferente.
Ten o'clock. Eleven o'clock. Twelve o'clock.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

[#86] [poesia destilada] Doirado e Duradouro

CrOMOsSOMOScriATIVOS 2010©
 
O que são 15 anos? Talvez, a justa medida da paciência adquirida.

HÁ dias em que se sinto-me genuinamente incrível.
Jamais eternos, mas que fossem um pouco menos efêmeros,
Em que tudo surge naturalmente, busca não mais necessária,
Encontros inusitados, sensação única e duradoura.

Há outros, em que se pudesse, deixaria de existir.
Claro, não é para sempre, mas só por um instante,
À procura de algo redentor, libertação verdadeira,
Nada de fuga, alívio imediato ou temporário.

Ouço uma canção conhecida, as mesmas notas musicais,
Entretanto, sob diferente arranjo, soa-me estranha,
Periodicamente sou assim, descompassado, noutro ritmo,
Sonoridade e timbres não usuais, mas sigo sendo o mesmo.

Mescla de nobres maltes, encanta-me aquele doirado,
Contemplo o lento derreter das gélidas rochas d'água,
Quisera sempre ser assim, sempre pronto a surpreender,
Sabiamente amadurecido, sob a sutil gentileza do tempo.