terça-feira, 4 de novembro de 2008

[retorno poético] De volta

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Verão em Havana, Cuba: cultura, calor e mojitos!

MEU pensar me disse muito, de dentro, do âmago, do fundo,
A alma grita, pede o novo, não se contem,
A mente vacila, quer a lógica, não se reprime,
O corpo claudica, espera a mudança, não se detém.

Males crônicos, escolhas trágicas,
Situações cômicas, repetições dramáticas,
Atuações patéticas, atrações pífias,
Entonação ríspida, reações estúpidas.

Deixei se ser sujeito, objeto direto ou indireto,
Dum verbo transitivo, mas que teimava em intransigir,
De primeira pessoa que conjugava, nem no singular, nem plural,
Tornei-me um sujeito oculto, talvez indefinido.

Entretanto, quando presumido morto, falecido,
Eis que das espumas do mar, das ondas, do vento,
Da fina areia e do denso mangue, retorno, retomo e declaro:
"Eis a minha volta, pois não há mais porque ir".