quinta-feira, 13 de março de 2008

[exílio poético] Eu não sou eu mesmo quando estou aqui

s4br 2008©

Ausente, não me encontro. Entretanto, a quem esperas?

EU não sou eu mesmo quando estou aqui,
Adquiro uma personalidade distinta,
Pois quem me conheceu, talvez não saiba,
Que não sou este que costumo ser.

Muitos pensam que me agrada estar ,
Imaginam-me um castelo distante, bem alto,
Cujo silêncio interrompido pelo vento frio,
Faz lembrar de que fora voluntário o exílio.

Busco nas lembranças de um passado, quiçá
Não tão longínquo assim, alguém que já não sou,
Ou na distância imposta por escolhas feitas,
A conseqüência do que agora vivo e (re)colho.

Eu serei eu mesmo quando estiver,
Buscarei minhas raízes esquecidas,
Pois quem me conhecer, de certo saberá,
Que serei aquele que jamais deixei de ser.

segunda-feira, 3 de março de 2008

[dúvida poética] Talvez

s4br 2008©

Desde lejos, partiste... ¿Tal vez, quizás, a lo mejor?

É, fiz minha parte,
Tinha de tentar, não é mesmo?
Não se preocupe, sei como é,
Nem sempre dá certo.

Talvez estivesse de 'TPM',
Talvez não soubéssemos quem somos,
Talvez fosse saudade do passado,
Talvez não quisesse, simplesmente.

Tudo fica no talvez,
Porque, na verdade,
Ainda que não espere tal verdade,
Não haverá outra vez.

Pois o encanto se quebrou,
A magia que havia acabou,
Não há como colar os cacos,
Bem, já foi. Melhor partir pra outra...