CEGO por ti, vago por entre imagens distorcidas,
Lentes desfocadas e erros de paralaxe.
Em vão, acredito que, um dia, talvez,
A luz volte a meus olhos e possa voltar a ser quem sou.
Mudo por mim mesmo, calado e contido, facilmente
Esqueço as palavras, quando a teu lado tento estar.
Sem sucesso, busco ecoar meu outrora estridente
E agora reprimido canto aos quatro cantos da Terra.
Surdo pelo sonho de sermos, um dia, braços e abraços,
Solenemente ignoro as mais variadas tentativas de conselho,
Quiçá não haja cura de tais delírios e da insistente esperança,
Sou réu confesso, sem falta cometer, pelo visto, falado e ouvido.
Pensamentos da quarentena
-
Estamos há semanas em quarentena, sem ver o final.
É fundamental para achatar a curva? Ou é pretexto para governadores e
prefeitos fazerem compras sem lici...
Há 3 anos