quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

[#82] [poema deficiente] Blind Dumb Deaf

CEGO por ti, vago por entre imagens distorcidas,
Lentes desfocadas e erros de paralaxe.
Em vão, acredito que, um dia, talvez,
A luz volte a meus olhos e possa voltar a ser quem sou.

Mudo por mim mesmo, calado e contido, facilmente
Esqueço as palavras, quando a teu lado tento estar.
Sem sucesso, busco ecoar meu outrora estridente
E agora reprimido canto aos quatro cantos da Terra.

Surdo pelo sonho de sermos, um dia, braços e abraços,
Solenemente ignoro as mais variadas tentativas de conselho,
Quiçá não haja cura de tais delírios e da insistente esperança,
Sou réu confesso, sem falta cometer, pelo visto, falado e ouvido.

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