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Staroměstské náměstí, Praga, CZE
A espera, o ainda não, o antes,
Consumido pela expectativa, desconcentro-me.
Insônia, inquietude, tensão,
Fazem de mim seu refém, sua vítima.
A véspera, o que ainda está por vir,
Corroído pela incerteza, contraio-me.
Solidão, melancolia, apreensão,
Fazem de mim prisioneiro, cativo.
As horas transcorrem de forma irregular,
Clepsidras e ampulhetas traem-me os sentidos,
O que vejo, o que ouço, eis que se transforma,
Espaço e tempo confundem-se, rompo tal barreira.
Fatos desapercebidos, frases ignóbeis, atos falhos,
Passado e futuro agora desvelam-se, vívidos
Cristalinos, brilhantes, não há mais o que temer:
Lúcido, recebo o presente, de braços abertos!
Pensamentos da quarentena
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Estamos há semanas em quarentena, sem ver o final.
É fundamental para achatar a curva? Ou é pretexto para governadores e
prefeitos fazerem compras sem lici...
Há 4 anos
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