Do alto da Serra, vejo o Mar Paulista, minha casa...
PEÇO sua licença e benção, ó Poeta do Mar,
Velho Mestre, homem de nobres ideias e lutas,
Que por tão querida terra por Brás Cubas fundada,
Proclama, inspirado, seu Amor infinito, eterno.
Frente ao mesmo Oceano, que tanto sonhou e viveu,
Sou tão pequeno, ao tentar grafar visões íntimas,
Particulares, de um coração cansado e perdido em
Ondas e na espuma, que delicadamente tocam-me os pés.
A cada navio que vejo chegar ao agigantado Porto,
Entendo que a saudade diminui a cada desembarque,
Transatlânticos partem, esperanças renovam-se,
Longa viagem os aguarda, hão de encontrar seu destino.
Morna e calma, em carícias, envolve-me a brisa praiana,
Traz consigo a paz que tanto esperava, sem talvez merecê-la,
E tal qual à Musa, outrora tão desejada, em meio a devaneios,
Dedico humilde canto, enamorado, distante, em silêncio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário