quarta-feira, 5 de julho de 2006

O Samba de Kutná Hora [De trilhos de trem, campos floridos e ossos, criei um samba!]

s4br 2006©

Praha Hlavní Nádrazí, Praha, CZE

Há na vida certos lugares, certos momentos que merecem e exigem registro. Uma simples viagem de trem, uma antiga cidade, tradições seculares, história e estórias a serem descobertas.

Uma vez lá, contradigo-me e encontro-me, no meu próprio âmago há o sim e o não, o poder e o não poder, o novo e o velho, o alto e o baixo, o início e o fim.

Se só a morte nos faz iguais, que sejamos, em diferentes dias, diferentes e únicos em cada jornada.

E para celebrar este dia e muitos outros que virão, atrevi-me a criar uma canção, que acredito cair bem como um samba (veja só!). Nunca fui compositor, mas lá vou dar o meu pitaco...

Forte abraço!


s4br 2006©

Trabant, um símbolo dos tempos de Socialismo (made in DDR!), numa calma rua de Kutná Hora, CZE.

O Samba de Kutná Hora

EU vi
Capelas naquele lugar,
Caveiras sobre um altar.
Subi
Ladeiras para ali chegar.
Kutná Hora,
Sempre vou lembrar.

Escondida
No centro da Europa Velha,
Palco de batalhas
E Casa de Reis Boêmios.
Ossos decorados à vista,
Lugar
Pra não esquecer na vida.

Esta cidade
Nunca teve um samba.
Talvez
Seja por isso que (eu) estive lá,
Já era tempo,
Não sei via a hora,
Pro Samba de Kutná Hora!

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