segunda-feira, 12 de junho de 2006

[Às vesperas de Santo Antônio...] Sangue e brilho

s4br 2006©

Enfim, a noite... :D

Saudações!

De repente, ocorreu-me um trecho de uma conhecida canção junina:

Pula a fogueira ia-iá,
Pula a fogueira io-iô,
Cuidado para não se queimar,
Olha que a fogueira já queimou o meu amor...

Às vésperas de Santo Antônio, celebro a tênue fronteira entre Amor e Ódio.

Forte abraço!


Sangue e brilho.

ESTAVA maravilhado, sua beleza ofuscava-me os olhos!
O que num primeiro instante pareceu-me a redenção,
A novidade, a salvação do que antes estava perdido,
Mostrou-se, enfim, o mais duro golpe contra o peito desferido.

No badalar dos sinos, ainda buscando esperanças,
Tentei, em vão, fazer com que o fascínio voltasse:
Talvez fossem meus olhos que não enxergavam bem,
Ou uma névoa passageira, que sorrateira, a visão me ocultava.

Entretanto, ao dissipar-se a bruma, a imagem que vi era outra:
O brilho de sua cruel adaga, refletido no sangue derramado,
Seu irônico sorriso, o prazer em ver a queda do oponente.

Sim, era o meu sangue que vertia, morno, tenso e farto.
Sem forças, a vista enegrecida, já não mais pensava,
Nem prantos havia, só um coração partido e lágrimas, muitas lágrimas...

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