quarta-feira, 22 de novembro de 2006

[reflexão poética] E não foi amor de praia...

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Alte Brücke, Frankfurt, GER

I

E não foi amor de praia,
Esse, que como sempre ouvi dizer,
Não sobre a serra.

É simples e puro, como deve ser,
Mas de tão verdadeiro que é,
Às vezes assusta, intimida:

Será mesmo pra ti um Amor assim?


II

E não foi amor de praia,
Que como passos na areia,
Uma mera onda apaga.

É secreto e íntimo, como deve ser,
Mas de tão sutil que é,
Às vezes esconde-se, num mar de sensações:

Será mesmo pra mim um Amor assim?


III

E não foi amor de praia,
Que preso ao limo das rochas,
Não cresce jamais e por lá fica.

É forte e intenso, como deve ser,
Mas de tão profundo que é,
Às vezes chega a doer, sem machucar:

Será mesmo pra nós um Amor assim?

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