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São Paulo by night...
SOZINHO, ando pela metrópole,
Sou grão de poeira em meio à fuligem,
Engrenagem suja e empenada
Da fria máquina de fabricar máquinas.
Anonimato: benção ou maldição?
Não sei quem está por trás da outra porta,
E tampouco sabem se estou vivo ou morto.
Mas será que eu mesmo sei quem sou?
Silêncio de elevador, não há escadas,
Por instantes, o público torna-se íntimo,
Espirrar, tossir, pigarrear? Nem pensar!
Dentro desta caixa, somos todos 'milordes'!
Olhares desviam-se, as cabeças baixas,
Fingem procurar algo nos bolsos, disfarçam.
Tento descobrir quem está ao lado. Em vão.
Pois isto é gente com medo de gente...
Pensamentos da quarentena
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Estamos há semanas em quarentena, sem ver o final.
É fundamental para achatar a curva? Ou é pretexto para governadores e
prefeitos fazerem compras sem lici...
Há 3 anos
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