quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

[poesia petroquímica] Destilar-me, sublimar-me

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Mais um dia de trânsito na Cidade do México...

FUMAÇA, fuligem e poluição, inspiro,
Cercado por carros, luzes e buzinas.
Monóxidos, Peróxidos e Dióxidos, expiro;
Sou somente mais um, em meio a tantos.

Asfalto, concreto e metal, transpiro,
Absorto em pensamentos vagos, fatos inconclusos.
'ABS', 'CFC' e 'GLP', suspiro;
Sou sempre o outro, em segundo plano.

Ainda que fosse mais astuto e vibrante,
Não tenho força suficiente para deixá-la:
De verdade, quisera destilar-me, sublimar-me...

Por mais que tente escapar desta metrópole,
Não vejo meios de dissociar-me de si:
Somos o um e o todo, todos somos um só.

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