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s4br 2007©Castanha de caju ou Chocolate suíço?
Por que não ambos, já que a mistura é única e inusitada?SERÁ que tua praia ensolarada
Com meu dia-a-dia nublado combinam?
Façamos, então, da Beira-mar, meu escritório
E dos arranha-céus, teu observatório.
Será que tua beleza iluminada
Com minha contumaz retórica combinam?
Façamos, então, da inspiração, meu discurso
E da eloquência, teu elogio.
Será que meu implacável juízo
Com tua ousadia espontânea combinam?
Façamos, então, do desvelo, tua paixão
E das fantasias, meu diapasão.
Será que meu chocolate suíço
Com tua castanha de caju combinam?
Façamos, então, dos Alpes, teu Sertão
E das Dunas, meu Cantão.
s4br 2007©Sabes mesmo onde pisas? Isto é pedra, madeira ou pintura?Enviado à equipe de 'É tarde, vou dormir...', como comentário ao inquietante texto 'Um dia especial':
UM dia que, só por estar junto daqueles que realmente importam e que realmente importam-se consigo, torna-se um dia único e valoroso.
Difícil é relacionar-se, sem tomar posse, sem subjugar a contraparte.
Difícil é abraçar, sem sufocar, sem cercear o espaço de outrem.
Difícil é partir, sem levar saudades, sem deixar lembranças.
Forte abraço!
s4br 2007©Bairro do Morumbi, São Paulo (com pouca luz, mas vale a abstração...).ESGOTA-ME, a energia vital esvai-se,
Exauri-me, a força mental desaparece,
Enfraqueça-me, o ânimo diário evapora-se,
Explora-me, o físico corpóreo desfalece.
Enjaulada, resigna-se a fera, mas não se dociliza,
Sob grades e cercas, trata as feridas, cura doenças,
Abatido, recupera-se o gigante, mas não se rende,
Sobre duro e frio leito, revê os fatos, repõe forças.
Pouco a pouco, cede o pesado fardo da culpa,
O exílio, outrora interminável, é assim, superado,
Passo a passo, finda o longo caminho da busca,
O labirinto, até então intransponível, é enfim, vencido.
Alivia-me, o prazer perdido reaparece,
Abraça-me, tua necessária proteção apresenta-se,
Aqueça-me, o cobertor protege a quem merece,
Ama-me, tua natural vocação, revela-se.
s4br 2007©Como surgiu esta fotografia? Ouça Chronologie e comprove...JÁ havia tentado o negro, depois o cinza, enfim o branco,
Talvez por serem discretos, neutros, talvez por medo:
Escuridão pardecenta, penúmbra, seja noite ou seja dia, perdido.
Eis que surgem o esmeralda, depois o turquesa, enfim o verde,
Talvez por serem naturais, selvagens, talvez por experiência:
Inspiração vital, ave rara, seja vegetal ou seja mineral, infinito.
Vieram então o amarelo, depois o laranja, enfim o vermelho,
Talvez por serem quentes, nervosos, talvez por destempero:
Explosão luminosa, calor, seja verão ou seja inverno, derretido.
Por fim chegou o violeta, depois o anil, enfim o azul,
Talvez por serem frios, calmos, talvez por conveniência:
Meditação em azul, profundo, seja mar ou seja céu, imerso.