segunda-feira, 28 de julho de 2008

[conforto poético] Potável

s4br 2007©
Tláloc, Dios de la Lluvia: Museo Nacional de Antropología, México, DF.
Tláloc, Dios de la Lluvia: Museo Nacional de Antropología, México, DF.

SOU um refém da água potável,
E do conforto da vida moderna,
Tanto o quanto for cômodo,
Tudo o que seja mecânico.

Ainda que não seja eterno,
Por mais que pareça inquebrável,
Algo que seja eletrônico,
De uso e manejo automático.

Pergunto-me, será tudo isto realmente necessário?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Milford Maia de volta a'O Gato que Pesca!!!

BOS días, ¿durmiches ben? (sim, sim, aprendi mais uma expressão em Galego!)

Após praticamente quatro meses de ausência (ou seria de sono profundo?), Milford Maia marca presença no 'blogue' O Gato que Pesca.

Dedicado a comentários musicais, paisagens sonoras e visões que vão além do quotidiano, trata-se de um trabalho conjunto, uma ação entre amigos, sempre com a música como fio condutor dos textos.

'Never There', da banda californiana CAKE (sim, com todas as letras em maiúsculas), foi o mote que gerou a seguinte postagem:

http://ogatoquepesca.blogspot.com/2008/07/never-there.html

E não deixe de visitar o próprio 'blogue', com muita música em palavras:

http://ogatoquepesca.blogspot.com

Forte abraço!

terça-feira, 8 de julho de 2008

[congelamento poético] Resfriamento Global (ou ainda Groenlândia Particular)

s4br 2008©

Eis uma boa razão para congelar-se. Mas nem isso mais é permitido...

NA alva imensidão, perdido, não sou mais que um
Solitário, sempre distante, em meu refúgio,
Em alta latitude, exposto, falta-me atitude,
Sinto frio, a noite cai e com ela, meu ânimo...

Acerto o despertador para a manhã seguinte,
Surpreso, percebo que estou seis meses mais velho,
Porém, não mais experiente ou sábio, não!
Pelo contrário, sinto-me mais cansado, esgotado.

Tardia primavera, insiste em ser inverno,
fora, o sol, a neve não consegue derreter,
Apressado verão, logo transforma-se em outono,
Aqui dentro, o dia dura outros seis meses...

Frente à vastidão polar, reajo, ponho-me a pensar:
Quebrarei o gelo, direi ‘bom dia’, antes que seja tarde demais,
Depois de anos isolado, reflito, passo a afirmar:
Abrirei a porta, direi ‘adeus’, antes que seja noite outra vez.